Especial Caso Diante do Trono e o Leão
Texto inicial: Renato Chagas Souza
Fonte Entrevista da Ana Paula: Geração Diante do Trono
Fonte Comunicados: Site Oficial do Diante do Trono
Como todos sabem, o Ministério de Louvor Diante do Trono e sua líder, Pra. Ana Paula Valadão, têm sido alvo de diversas polêmicas.
A últimas delas foi um vídeo que, infantilmente, foi postado no You Tube; no qual mostra a Ana Paula engatinha como um leão numa apresentação do grupo em Anápolis (GO).
O vídeo e o grupo foram alvos de várias críticas.
Muito tempo depois, Ana Paula vem a público responder á essas críticas.
Pra começar, vamos reproduzir a entrevista coletiva que a Ana Paula concedeu no lançamento do culto em Limeira, no qual o DT recebeu disco de ouro (100.000 cópias vendidas).
Recentemente o João Alexandre lançou uma música entitulada "É Proibido Pensar" na qual critica ironicamente vários movimentos cristãos contemporâneos, inclusive o seu ministério. Como você encara esse tipo de resposta negativa ao que você prega?
Pra. Ana Paula: Eu realmente não tinha conhecimento disso, realmente se essa é a letra da música que você está lendo, "distante do trono" parece que é uma alusão ao nome do Diante do Trono. O que eu posso dizer é que eu sinto muito, porque eu admiro o João Alexandre, gosto demais das músicas dele. Eu não o conheço, não posso chamá-lo de amigo porque não convivo com ele, mas já me encontrei com ele algumas vezes e sempre tive uma admiração muito grande por ele. O que eu posso dizer é que o Corpo de Cristo é diverso, o pé não é igual a mão, o nariz não é igual a boca, o olho não é igual o ouvido, e infelizmente as vezes é difícil a gente admirar o que é diferente da gente: se ele não está conseguindo admirar o dom de Deus que está em mim eu não posso fazer nada a não ser orar por ele, mas eu continuo admirando ele, continuo admirando o dom de Deus que está nele. Se ele têm visto falhas em nós eu quero aprender, e espero ter a oportunidade de um dia conversar com ele sobre isso, mas isso não vai mudar a admiração que eu tenho pelo dom dele, pela poesia, pela voz profética que ele é. Em muitas canções ele fala sobre política, sobre a realidade do Brasil, e isso eu vou continuar admirando."
A respeito do episódio de Anápolis, como você descreve o momento, e como você vê as críticas das pessoas sobre isso?
Pra. Ana Paula: Nós chegamos em Anápolis dias antes e participamos de um evento em uma igreja, aonde reunimos pastores e líderes. Durante esses dois dias anteriores à ministração eu já estava em sintonia com o Espírito Santo, buscando ali no local a direção de Deus pro evento, e algumas pessoas com as quais eu conversei foram testificando as impressões que vinham ao meu coração: o que vinha ao meu coração é que Anápolis, apesar de ser uma cidade com grande número de evangélicos percentualmente, era uma cidade onde a Igreja estava muito ferida e muito enfraquecida. O Senhor foi falando comigo que a mensagem para aquela noite seria de encorajamento. Na noite anterior eu tive oportunidade de impor as minhas mãos sobre uma moça - eu não sabia a história dela - mas eu via uma angústia de morte tão forte, e depois eu soube que ela é filha de pastor, casou com um pastor, a igreja dela passou por uma divisão tão terrível que ela não tinha mais vontade de viver de tanta decepção, eu vi aquela angústia de morte sobre o coração dela e enquanto nós orávamos ela foi liberta! O Senhor então falou pra mim que aquilo era um sinal do que ia acontecer no dia seguinte.
Durante a ministração em Anápolis o Senhor foi trazendo palavras de ânimo, palavras de encorajamento, e houve um momento que surgiu um cântico espontâneo maravilhoso: "como um leão, um cordeiro e um leão". E entre as partes cantadas eu fui entregando palavras que diziam que nós ainda iríamos ser como o Senhor Jesus é, ele é o Cordeiro e o Leão. O Cordeiro no sentido de se entregar, uma ovelha muda perante os seus tosquiadores, uma pessoa que não revida, que oferece a outra face, que se humilha como o Senhor se humilhou, tendo o mesmo sentimento que houve nele; mas também como um Leão, ousados, com intrepidez, corajosos, não intimidados, não acovardados, e sabendo que mesmo em circunstâncias em que parece que nós estamos perdendo, nós estamos ganhando. O apóstolo João quando olhou pro Trono ele viu o Cordeiro como que sido morto, a palavra diz que quando ele olhou novamente era um Leão assentado sobre o Trono. Nós sabemos que o Senhor Jesus ali na cruz não estava perdendo, ele estava ganhando, e foi sobre isso que eu estava ministrando. Durante toda a ministração, até esse momento, nós sentimos uma atmosfera espiritual muito pesada, por mais que as pessoas estivessem participando. As forças faltavam ao meu corpo, eu tinha que me esforçar todo o tempo. De repente nós começamos a celebrar, o Espírito Santo começou a mover de uma maneira entre nós, e eu comecei a saltar de uma maneira diferente, eu não estava mais me esforçando, rompeu, sabe quando nasce a criança? Foi essa a sensação que eu tive: que a mensagem que nós tínhamos que entregar estava liberada. Eu comecei a saltar, e numa dessas vezes que eu saltei eu cai e já me vi de quatro. Na hora eu pensei "Deus, acabou, o que que vão dizer de mim?", eu sabia que aquilo ali não seria compreendido por muitos, mas eu estava tão imersa naquele mover do Espírito, naquela mensagem que estava sendo transmitida, que eu obedeci, e eu comecei a andar como um leão, e sabia muito bem que estava andando como um leão, transmitindo uma mensagem. Quando acabou, eu pensei "Deus, que que vai acontecer agora? Ainda temos tantas coisas a fazer nesse culto", mas eu fui muito encorajada, porque quando acabou aquele momento, que eu me levantei, eu ouvi um brado de vitória que eu não me lembro de um brado tão forte. E nós prosseguimos com a ministração.
Eu não sei quem estava ali que filmou e colocou na Internet e causou um rebuliço tão grande, porque as pessoas assistem poucos minutos de uma coisa que tem todo um contexto. Mesmo que alguém que estava lá possa não ter entendido, porque talvez sejam pessoas que não têm a mesma linha teológica, as vezes são pessoas que muitas vezes em suas próprias igrejas não tem tanta liberdade de se expressar (não quero dizer que é pior ou melhor). Mas quem estava lá pelo menos presenciou o contexto, quem assiste pela Internet vê só um pedacinho. Eu sei que eu não vou conseguir agradar todas as pessoas, e eu não posso voltar atrás e dizer que eu errei, eu tenho certeza do que aconteceu ali, e eu tenho respaldo da Palavra: muitos profetas na Bíblia agiram entregando uma mensagem através de uma encenação, através de um teatro. Praticamente todos os profetas: Isaías, Ezequiel, Jeremias, nós temos muitos exemplos de atos que traziam uma mensagem. Eu não vou agradar a todos, mas eu tenho convicção daquilo que aconteceu, tenho o respaldo da Palavra. O que eu posso pedir perdão, é porque através do vídeo colocado no YouTube muitas pessoas foram escandalizadas por não conhecerem o contexto, não tinham acesso a mim, pouquíssimas pessoas me perguntaram, mas elas têm coragem de ouvir de outros e acreditar no que ouvem, no que lêem. Esse escândalo é algo que eu não gostaria de ter causado, nunca, jamais, mas eu não posso voltar atrás dizendo que aquilo que aconteceu foi errado, de maneira nenhuma.
Qual é a sensação que você tem ao saber que o sonho de Deus está sendo realizado através de você?
Pra. Ana Paula: Uma pergunta mais leve, obrigada (risos). A sensação é maravilhosa: cada vez que nós vivemos um momento que o Senhor trás a tona uma promessa que Ele havia declarado, cada vez que nós estamos vivendo uma situação na qual o senhor fala "lembra filha, eu te disse que faria isso através de você", cada vez que eu vivo isso eu fico muito emocionada, eu agradeço muito a Deus.
Nesses 10 anos, quais foram as maiores mudanças no Diante do Trono, especialmente no que se refere aocomportamento do público do seu ministério?
Pra. Ana Paula: Realmente muitas coisas vão mudando ao longo dos anos, com relação ao público eu me lembro que no começo as pessoas que vinham aos nossos eventos vinham com uma atitude que elas tinham diante de outros grupos já, mesmo cristãos. Ao longo desses 10 anos a nossa mensagem já foi transmitida claramente para as pessoas, então temos visto muita mudança ao longo dos anos no comportamento das pessoas nos nossos eventos: muitas coisas que no começo eu tinha que falar que eu não achava legal no público, hoje em dia a gente nem passa mais por esse tipo de situação. Por exemplo, em um evento de música, muitas vezes as pessoas vão com uma postura de entretenimento, porque a música é uma coisa muito gostosa, mas nós nunca tivemos esse desejo de fazer dos nossos eventos simplesmente um entretenimento, tudo bem que as pessoas vão cantar as músicas que elas gostam, aquelas músicas que marcaram a vida delas, mas nós não queremos que as pessoas fiquem confortáveis no nosso evento. Acreditamos que é um momento de mexer com a nossa vida e valores, momento de Deus nos confrontar com as nossas atitudes, com aquilo que está sendo a nossa motivação pra viver. No começo eu tinha que dizer "olha, vocês estão tendo uma atitude de quem está aqui só brincando, de quem está aqui se divertindo, e não é pra isso que estamos aqui, vamos voltar o nosso coração pro real propósito pelo qual estamos aqui", hoje em dia nós não precisamos nem falar sobre isso, porque ao longo desses 10 anos as pessoas já entenderam qual é a nossa história, pra que nós estamos aqui.
Outra mudança que eu posso perceber é em nós, nós vemos que ao longo dos anos Deus foi transformando a nossa mensagem: no começo nossas canções eram canções mais de cura da nossa própria alma, um clamor por Deus por causa das nossas dores, das nossas fragilidades; a medida que o tempo foi passando Deus foi nos respondendo e as nossas canções se tornaram muito mais proféticas pra nação, pra cidade, pro lugar aonde vamos, uma canção que fala muito mais de transformar ao nosso redor do que a transformação interior. Muitas pessoas nem puderam acompanhar isso porque a maioria das pessoas infelizmente não sai de um lugar aonde ela é o centro das atenções, aonde a necessidade dela é maior do que tudo. Eu poderia falar de muitas outras mudanças, mas graças a deus tenho visto todas as mudanças pelas quais temos passado como mudanças positivas.
Eu acredito também que estamos encerrando um ciclo com esses 10 anos, a gente não tem ainda certeza da direção específica de Deus do que devemos fazer ano que vem, mas esse ano eu acredito que fechamos um tempo no Diante do trono. Nós estamos prontos pra muitas novas mudanças.
Nesses 10 anos, qual foi o trabalho do Diante do Trono mais impactante pra você?
Pra. Ana Paula: É uma pergunta difícil de responder, mas eu vou falar desse último: além de ser o mais fresco na nossa memória, ele foi o mais difícil até hoje, mas o Senhor nos deu grandes vitórias. "Príncipe da Paz" foi gravado no Rio de Janeiro apesar de todas as coisas cooperarem contra, a ponto de uma semana antes da gravação a gente não ter ainda conseguido começar a montagem do palco, que é algo que leva as vezes de 15 a 20 dias. O Senhor nos abençoou porque conseguimos, com toda a dedicação da equipe de produção virando noites, e Deus realmente nos deu vitória porque houve momentos que nós achamos que a gravação nem aconteceria, e isso em nenhum outro evento a gente passou: passamos por lutas de todos os tipos que você possa imaginar, mas esse ano realmente foi muito maior. Por isso também eu reconheço que houve mais glória de Deus, mais presença de Deus, mais unção de Deus, mais poder de Deus, foram tantos testemunhos tão tremendos como ouvimos todos os anos, mas esse ano foi muito maior e mais forte, e em nós as mãos de Deus trabalharam como nós nunca havíamos visto antes, essa gravação pra mim entrou na história: se eu posso fizer "fechando com chave de ouro", fechou mesmo essas 10 anos, o ciclo foi fechado de uma maneira inesquecível.
Anualmente o Diante do Trono organiza congressos de louvor e adoração, como você encara o resultado desses congressos?
Pra. Ana Paula: Nós ansiamos pelos congressos, porque todos os anos nós somos muito abençoados, Deus realmente têm feito desse congresso um marco na nossa vida, vez após vez: é um momento de muita liberdade no Espírito, muito intenso, porque todas as pessoas que vão se deslocam, geralmente de outras cidades, pagam pra ir, por más que nós procuremos fazer um preço bem em conta, inclusive nós subsidiamos o congresso, porque ele não se paga: tudo que oferecemos ali nós não conseguimos pagar com as inscrições, é até um desafio pra nós, esse ano nós estamos até olhando se conseguiremos fazer as inscrições com o mesmo valor, pois estamos precisando de ajuda pra bancar o congresso, talvez até tenhamos que aumentar a inscrição, mas não queremos fazer algo que impeça pessoas de irem. Todo mundo chega lá com muita fome e sede de Deus, e o resultado é maravilhoso: o ano inteiro nós recebemos testemunhos sobre o congresso, são coisas que animam a gente a continuar produzindo esse congresso e recebendo de Deus.
Agora vamos reproduzir a carta do autor do vídeo, Carlos Junior e a resposta da líder do Ministério de Louvor Diante do Trono:
Ana,
Me chamo Carlos Júnior e moro em Goiânia. Escrevo essa mensagem para você a respeito do ocorrido em Anápolis, no dia 26 de maio desse ano. Naquele dia em que você, pela direção de Deus representou um Leão no palco. Fui eu quem gravou o vídeo e o colocou no YouTube. Depois de ler sua resposta à uma pergunta feita na Coletiva de Imprensa em Limeira dia 15 de novembro e pelos comentários feitos a respeito do vídeo desde o evento, resolvi escrever a você.
Sou grande admirador do Diante do Trono, pois foi o primeiro grupo evangélico que ouvi logo após minha conversão. Sempre te admirei e respeitei o seu trabalho, sempre tive o DT como referencial de louvor para mim, de música. E é por isso que escrevo hoje a você.
Quero pedir sinceras desculpas por ter colocado esse vídeo na internet. Eu mesmo não imaginei que causaria tanto escândalo como causou. Foi como você mesma falou em Limeira: "através do vídeo colocado no YouTube muitas pessoas foram escandalizadas por não conhecerem o contexto", as pessoas não sabiam do contexto, não sabiam daquele maravilhoso espontâneo "Como um leão, um cordeiro e um leão", não sabiam do clima de guerra que estava naquele lugar, não sabiam das forças que estavam ali. É por isso que quero me desculpar. Sei que causei escândalo, sei que através daquele vídeo o ministério foi difamado. Milhares te criticaram e escarneceram o DT. Me sinto triste por isso, pois eles não levaram em conta os mais de 10 anos nos quais você batalhou pelo DT, pelas obras e pelas conversões através das suas músicas, mas com um evento desse, pra muitos todo o seu passado foi apagado. É aquela história, "Você pode fazer 99%, mas se deixa de fazer 1%, todos te criticam."
Quero te dizer que estou mesmo arrependido de ter feito isso, sinto que traí a mim mesmo, colocando um vídeo que difamou o meu grupo favorito. Quando percebi isso já era tarde: Retirei o vídeo, mas alguém já havia feito o download e recolocaram no YouTube.
Não sei também porque fui levado a gravar a parte final, com aquele "Dê um brado de vitória!", com brados que ecoaram por Anápolis. De todas as ministrações do DT que já fui, aquele brado realmente foi o mais alto. Espero que Deus tenha um motivo para isso tudo, para essa ligação que ficou mais forte entre o DT e eu. E espero que eu não tenha causado dor e sofrimento, mas se causei, mais uma vez, peço desculpas. Sei que errei, mas também não posso mais voltar no tempo. Minhas sinceras desculpas e espero que um dia possa te encontrar e poder te pedir desculpas pessoalmente.
Quero te dizer que você é uma benção na vida de milhares de pessoas pelo mundo e na minha também. E que Deus continue abençoando o DT como toda sorte de bençãos que Ele puder. Fique na paz do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Com admiração,
Carlos Júnior
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Pedido de Perdão da Ana Paula
Queridos irmãos, escrevo estas palavras depois de algum tempo do ocorrido em uma ministração do Diante do Trono em Anápolis, Goiás, onde andei como um leão no palco. Logo após o evento as imagens deste ato foram colocadas na internet e tenho recebido inúmeras palavras de apoio e também de repúdio ao que as pessoas assistem no pequeno vídeo. Somente agora tive paz em meu coração para escrever explicando o que aconteceu, pois temia estar agindo errado ao tentar me defender. Apenas respondi às pessoas que me procuraram pessoalmente ou que escreveram e-mails para o nosso ministério. Mas hoje, depois de algum tempo, decidi trazer um texto a público.
Desejo começar pedindo perdão aos irmãos que se sentiram ofendidos com o que fiz, pois de maneira alguma meu desejo foi esse. Eu acredito e me esforço pela unidade do Corpo de Cristo e anseio por ser sempre uma voz que inspire a comunhão e a união entre os crentes no Senhor Jesus. Jamais faria algo propositadamente que pudesse causar divisão, escândalo, ferindo esta unidade em favor da qual tenho orado e trabalhado.
Dentro do ministério que recebi do Senhor, que é o louvor, acredito que podemos experimentar esta unidade de uma maneira como nenhum outro ministério pode, pois todos os cristãos, independente da sua denominação, podem estar unidos cantando louvores a Jesus e exaltando o Seu santo nome. Portanto, inicio pedindo perdão por ofensas causadas por este ato que fiz e que tenham trazido qualquer divisão em nosso meio.
Agora, se o leitor me permite, gostaria de tentar explicar o que aconteceu. Se serei aceita ou não, depende de quem lê, pois muitas vezes nossos pressupostos teológicos são tão diferentes que nenhuma explicação seria suficiente para que todos concordassem com minha atitude. Mas tentarei ser o mais clara possível em minhas posições.
Quando nos preparávamos para ir a Anápolis, considerada uma das cidades com maior população evangélica do país, passei a buscar do Senhor algo específico que deveria ser ministrado ali.
Procuro em cada evento ter a direção de Deus em meu coração para que não seja apenas um show, mas sim, algo relevante para as pessoas que estarão presentes, alcançando a Igreja e a cidade como um todo. São canções que entronizam Jesus, são orações que acreditamos que podem muito em seus efeitos, tanto na vida das pessoas presentes, como na vida de pessoas distantes, e até mesmo de toda a cidade, que está sendo coberta por nossas intercessões enquanto adoramos e oramos juntos.
Em Anápolis o que me veio ao coração era que a Igreja do Senhor Jesus precisava de encorajamento. Havia depressão, medo, intimidação, angústia e desejo até mesmo de morte no coração de muitos cristãos. Essa impressão foi confirmada por vários testemunhos que recebi antes e depois da ministração.
Realmente o índice de suicídio era altíssimo naquela cidade, e muitos crentes, com histórias terríveis dentro das igrejas evangélicas, passavam por esse tipo de aflição. Havia também a confirmação de que a igreja, muitas vezes misturada ao mundo, precisava ser despertada para ter mais ousadia para pregar o Evangelho, para sair das paredes dos templos e fazer diferença na sociedade. Sei que esta parece uma mensagem que pode ser pregada em qualquer cidade, mas a cada evento tenho buscado algo específico de Deus para Seu povo, e todas as vezes a ênfase é diferente. Ali em Anápolis esta foi a direção, ou seja, uma ministração de força e ânimo para o povo de Deus.
Enquanto eu falava sobre isso naquela noite, um cântico espontâneo veio ao meu coração que dizia: “Como um leão, um cordeiro e um leão”.
Falei sobre como devemos ser fortes no Senhor para resistir o inimigo, suas tentações, suas intimidações. Falei sobre como as portas do inferno não prevalecerão contra uma Igreja ousada, que evangeliza, que é sal desta Terra e luz deste mundo. Falei sobre uma postura de resistência e ousadia ao invés de uma passividade e comodismo em que muitos crentes vivem hoje. Disse que Jesus é o Leão da tribo de Judá, forte, vencedor, e Ele está em nós para nos fortalecer. Também falei que devemos ser como Jesus, o Cordeiro de Deus. Assim como Ele é, devemos ser mansos, humildes, com coração quebrantado diante da vontade do Pai, e mudo perante seus acusadores. Disse essas coisas e celebramos com muita alegria e intensidade esta realidade que vemos em Cristo e que podemos viver em nossas vidas. Estava bem claro diante de nós que o Espírito Santo era quem havia trazido esta mensagem, de maneira tão espontânea, e as pessoas respondiam celebrando conosco e recebendo esta ministração em seus corações.
Foi então que eu, crendo hoje assim como naquele momento, senti em meu coração a direção de me agachar e andar como um leão. Eu antes estava celebrando e pulando bem alto, e sentia uma leveza especial. Mas de repente minhas pernas faltaram com a força e me vi no chão sem conseguir me levantar. Agachar e engatinhar foi um reflexo rápido, e eu, que já estou acostumada a obedecer aos ímpetos que creio que o Espírito Santo me traz, obedeci àquela direção. Enquanto representava um leão ali no palco, eu pensei: “Minha reputação está indo embora. Deus, o que as pessoas vão pensar de mim?”. Mas eu ouvia no mais profundo do meu coração que eu O estava obedecendo e que não era para me preocupar com a opinião das pessoas.
Agi crendo que o Espírito Santo estava me movendo, e obedeci ao que ouvi dentro do meu coração. Assim faço quando preciso escolher um cântico que será entoado em um culto, seja anteriormente enquanto oro e faço a lista de músicas ou seja durante o evento, em momentos em que o plano é mudado e algo espontâneo nasce, ou uma música não planejada encaixa-se perfeitamente no que o Senhor está fazendo naquele instante. Não planejei andar como um leão, mas cri estar agindo, obedecendo a um ímpeto do Espírito Santo em meu coração.
Agi assim, com tanta liberdade, por estar em um evento do Diante do Trono. Apenas depois do evento é que tomei conhecimento de que estávamos em um lugar cedido pelos irmãos das denominações históricas, e isso trouxe preocupação ao meu coração, pois não queria ofendê-los. Jamais agiria assim dentro de um lugar onde claramente este tipo de atitude seria incompreendido. Em nossos eventos, as pessoas geralmente já nos conhecem e sabem que somos batistas renovados, com características pentecostais, e não se escandalizam com as manifestações dos dons do Espírito Santo através de nós. Sabia que andar como um leão era muito diferente e poderia ser polêmico, mas agi crendo que tinha liberdade para isso e também baseada no que vejo na própria Palavra de Deus.
Na Bíblia encontramos diversos exemplos de mensagens de Deus que foram entregues ao Seu povo através de encenações ou recursos visuais.
Ezequiel, por exemplo, abriu um buraco na parede e fugiu com uma “mochila” nas costas avisando do cativeiro babilônico (Ez 12); em outra ocasião, ele construiu uma “maquete” da Jerusalém sitiada (Ez 4); e também, em outro momento, Deus o proibiu de chorar a morte de sua esposa amada (Ez 24:15-18). Jeremias, um outro profeta, por ordem de Deus, colocou um jugo sobre si e passou a andar pela cidade dessa maneira (Jr 27); noutra ocasião, ele enterrou um cinto de linho junto ao rio e depois de algum tempo, pegou-o apodrecido (Jr 13:1-11). E o que dizer de Oséias, que, em obediência a Deus, se casou com uma prostituta e por diversas vezes a perdoava e a recebia de volta apensar de suas traições (Os 1 e 3)?
Estes e muitos outros atos dos profetas (ou atos proféticos) carregavam uma mensagem para o povo de Deus. Até mesmo o próprio Deus, em algumas ocasiões, usou de recursos áudio visuais para trazer a Sua mensagem, de modo a fixá-la mais firmemente na memória das pessoas. Isso aconteceu, por exemplo, na visão que Pedro teve de um lençol que descia do céu com toda sorte de animais, representando o propósito de Deus em alcançar os gentios com o Evangelho (At 10: 9- 16).
Sei que não sou nem Jeremias, nem Ezequiel, nem Oséias, nem Isaías, nem Pedro, e reconheço que apenas as Escrituras Sagradas devem ser vistas sem julgamento ou crítica, mas aceitas plenamente porque são a Palavra inspirada, inerrante e infalível de Deus. Minha atitude pode e deve ser julgada por todos. Mas desconhecendo o contexto em que aconteceram os fatos, é difícil uma pessoa, por mais justa que seja, chegar a uma conclusão correta. Acredito que andar como um leão naquele momento era uma mensagem que o Senhor estava passando para o Seu povo naquela cidade. Mensagem essa que falava de força, resistência, ousadia, encorajamento e poder do Espírito Santo em nós.
Muitos se esqueceram dos dez anos de ministério Diante do Trono, em que tenho servido ao meu Senhor e à Sua igreja com toda integridade do meu coração, e se apegaram a alguns minutos, desconectados do seu contexto e sentido, e passaram a me acusar de trazer heresia e bruxaria. Toda sorte de adjetivos ferinos foram usados contra a minha pessoa.
Há poucos dias li um artigo escrito por um pastor que participou da “Bênção de Toronto”. Ele disse que várias pessoas andavam como leão e agiam como outros animais. Ele afirmou que tudo o que viveu não veio do Espírito Santo de Deus, pois nos bastidores havia intrigas, problemas familiares, corrupção na vida dos líderes envolvidos. Mas eu posso testemunhar, e comigo se levantam todos os membros do grupo, minha família e minha igreja local, que vivemos em comunhão com Deus e uns com os outros. Temos um testemunho de seriedade em nossa busca por Deus e em nossos relacionamentos familiares e ministeriais. Acredito que toda uma vida não pode ser desprezada por alguns minutos fora do contexto, minutos esses que infelizmente encontraram portas abertas em muitos corações: alguns ansiosos para difamar e outros sinceros para guardar-se de qualquer engano.
Minha oração e pedido é para que toda divisão causada por este ato no Corpo de Cristo seja curada, e que a unção, ou seja, a capacitação divina para vivermos como Jesus, o Cordeiro e o Leão, realmente esteja sobre cada um de nós: ousados e fortes nEle; e mansos e humildes diante dos nossos ofensores.
Crendo que mesmo nas aparentes derrotas nesta vida há um brado de vitória ecoando nos céus; acreditando no Reino que é de ponta cabeça, pois: quando somos fracos é que somos fortes; quando parece que perdemos tudo, aí é que ganhamos; quando damos a outra face, aí é que triunfamos; quando nada temos é que possuímos tudo; e mesmo entristecidos estamos sempre alegres. Ou, como escreveu Rubem Amorese no seu livro “Meta-história”, que muito me consolou nos últimos dias, somos ovelhas-leão.
Muito obrigada a você que lê pela oportunidade que me dá de esclarecimento, e mais uma vez, perdão se ofendi ou feri seu coração.
No Senhor,
Ana Paula Valadão Bessa.
NOTA DO GRP: O Geração Renascer Praise se solidariza com os irmãos do DT e mostra o seu repúdio às críticas de pessoas que não entendem nada da palavra de Deus e nos agridem gratuitamente, vide o caso Renascer.
O que nos resta fazer, é orar e vigiar. E continuar louvando ao Senhor ouvindo as músicas do DT e outros grupos também.
Fonte Entrevista da Ana Paula: Geração Diante do Trono
Fonte Comunicados: Site Oficial do Diante do Trono
Como todos sabem, o Ministério de Louvor Diante do Trono e sua líder, Pra. Ana Paula Valadão, têm sido alvo de diversas polêmicas.
A últimas delas foi um vídeo que, infantilmente, foi postado no You Tube; no qual mostra a Ana Paula engatinha como um leão numa apresentação do grupo em Anápolis (GO).
O vídeo e o grupo foram alvos de várias críticas.
Muito tempo depois, Ana Paula vem a público responder á essas críticas.
Pra começar, vamos reproduzir a entrevista coletiva que a Ana Paula concedeu no lançamento do culto em Limeira, no qual o DT recebeu disco de ouro (100.000 cópias vendidas).
Recentemente o João Alexandre lançou uma música entitulada "É Proibido Pensar" na qual critica ironicamente vários movimentos cristãos contemporâneos, inclusive o seu ministério. Como você encara esse tipo de resposta negativa ao que você prega?
Pra. Ana Paula: Eu realmente não tinha conhecimento disso, realmente se essa é a letra da música que você está lendo, "distante do trono" parece que é uma alusão ao nome do Diante do Trono. O que eu posso dizer é que eu sinto muito, porque eu admiro o João Alexandre, gosto demais das músicas dele. Eu não o conheço, não posso chamá-lo de amigo porque não convivo com ele, mas já me encontrei com ele algumas vezes e sempre tive uma admiração muito grande por ele. O que eu posso dizer é que o Corpo de Cristo é diverso, o pé não é igual a mão, o nariz não é igual a boca, o olho não é igual o ouvido, e infelizmente as vezes é difícil a gente admirar o que é diferente da gente: se ele não está conseguindo admirar o dom de Deus que está em mim eu não posso fazer nada a não ser orar por ele, mas eu continuo admirando ele, continuo admirando o dom de Deus que está nele. Se ele têm visto falhas em nós eu quero aprender, e espero ter a oportunidade de um dia conversar com ele sobre isso, mas isso não vai mudar a admiração que eu tenho pelo dom dele, pela poesia, pela voz profética que ele é. Em muitas canções ele fala sobre política, sobre a realidade do Brasil, e isso eu vou continuar admirando."
A respeito do episódio de Anápolis, como você descreve o momento, e como você vê as críticas das pessoas sobre isso?
Pra. Ana Paula: Nós chegamos em Anápolis dias antes e participamos de um evento em uma igreja, aonde reunimos pastores e líderes. Durante esses dois dias anteriores à ministração eu já estava em sintonia com o Espírito Santo, buscando ali no local a direção de Deus pro evento, e algumas pessoas com as quais eu conversei foram testificando as impressões que vinham ao meu coração: o que vinha ao meu coração é que Anápolis, apesar de ser uma cidade com grande número de evangélicos percentualmente, era uma cidade onde a Igreja estava muito ferida e muito enfraquecida. O Senhor foi falando comigo que a mensagem para aquela noite seria de encorajamento. Na noite anterior eu tive oportunidade de impor as minhas mãos sobre uma moça - eu não sabia a história dela - mas eu via uma angústia de morte tão forte, e depois eu soube que ela é filha de pastor, casou com um pastor, a igreja dela passou por uma divisão tão terrível que ela não tinha mais vontade de viver de tanta decepção, eu vi aquela angústia de morte sobre o coração dela e enquanto nós orávamos ela foi liberta! O Senhor então falou pra mim que aquilo era um sinal do que ia acontecer no dia seguinte.
Durante a ministração em Anápolis o Senhor foi trazendo palavras de ânimo, palavras de encorajamento, e houve um momento que surgiu um cântico espontâneo maravilhoso: "como um leão, um cordeiro e um leão". E entre as partes cantadas eu fui entregando palavras que diziam que nós ainda iríamos ser como o Senhor Jesus é, ele é o Cordeiro e o Leão. O Cordeiro no sentido de se entregar, uma ovelha muda perante os seus tosquiadores, uma pessoa que não revida, que oferece a outra face, que se humilha como o Senhor se humilhou, tendo o mesmo sentimento que houve nele; mas também como um Leão, ousados, com intrepidez, corajosos, não intimidados, não acovardados, e sabendo que mesmo em circunstâncias em que parece que nós estamos perdendo, nós estamos ganhando. O apóstolo João quando olhou pro Trono ele viu o Cordeiro como que sido morto, a palavra diz que quando ele olhou novamente era um Leão assentado sobre o Trono. Nós sabemos que o Senhor Jesus ali na cruz não estava perdendo, ele estava ganhando, e foi sobre isso que eu estava ministrando. Durante toda a ministração, até esse momento, nós sentimos uma atmosfera espiritual muito pesada, por mais que as pessoas estivessem participando. As forças faltavam ao meu corpo, eu tinha que me esforçar todo o tempo. De repente nós começamos a celebrar, o Espírito Santo começou a mover de uma maneira entre nós, e eu comecei a saltar de uma maneira diferente, eu não estava mais me esforçando, rompeu, sabe quando nasce a criança? Foi essa a sensação que eu tive: que a mensagem que nós tínhamos que entregar estava liberada. Eu comecei a saltar, e numa dessas vezes que eu saltei eu cai e já me vi de quatro. Na hora eu pensei "Deus, acabou, o que que vão dizer de mim?", eu sabia que aquilo ali não seria compreendido por muitos, mas eu estava tão imersa naquele mover do Espírito, naquela mensagem que estava sendo transmitida, que eu obedeci, e eu comecei a andar como um leão, e sabia muito bem que estava andando como um leão, transmitindo uma mensagem. Quando acabou, eu pensei "Deus, que que vai acontecer agora? Ainda temos tantas coisas a fazer nesse culto", mas eu fui muito encorajada, porque quando acabou aquele momento, que eu me levantei, eu ouvi um brado de vitória que eu não me lembro de um brado tão forte. E nós prosseguimos com a ministração.
Eu não sei quem estava ali que filmou e colocou na Internet e causou um rebuliço tão grande, porque as pessoas assistem poucos minutos de uma coisa que tem todo um contexto. Mesmo que alguém que estava lá possa não ter entendido, porque talvez sejam pessoas que não têm a mesma linha teológica, as vezes são pessoas que muitas vezes em suas próprias igrejas não tem tanta liberdade de se expressar (não quero dizer que é pior ou melhor). Mas quem estava lá pelo menos presenciou o contexto, quem assiste pela Internet vê só um pedacinho. Eu sei que eu não vou conseguir agradar todas as pessoas, e eu não posso voltar atrás e dizer que eu errei, eu tenho certeza do que aconteceu ali, e eu tenho respaldo da Palavra: muitos profetas na Bíblia agiram entregando uma mensagem através de uma encenação, através de um teatro. Praticamente todos os profetas: Isaías, Ezequiel, Jeremias, nós temos muitos exemplos de atos que traziam uma mensagem. Eu não vou agradar a todos, mas eu tenho convicção daquilo que aconteceu, tenho o respaldo da Palavra. O que eu posso pedir perdão, é porque através do vídeo colocado no YouTube muitas pessoas foram escandalizadas por não conhecerem o contexto, não tinham acesso a mim, pouquíssimas pessoas me perguntaram, mas elas têm coragem de ouvir de outros e acreditar no que ouvem, no que lêem. Esse escândalo é algo que eu não gostaria de ter causado, nunca, jamais, mas eu não posso voltar atrás dizendo que aquilo que aconteceu foi errado, de maneira nenhuma.
Qual é a sensação que você tem ao saber que o sonho de Deus está sendo realizado através de você?
Pra. Ana Paula: Uma pergunta mais leve, obrigada (risos). A sensação é maravilhosa: cada vez que nós vivemos um momento que o Senhor trás a tona uma promessa que Ele havia declarado, cada vez que nós estamos vivendo uma situação na qual o senhor fala "lembra filha, eu te disse que faria isso através de você", cada vez que eu vivo isso eu fico muito emocionada, eu agradeço muito a Deus.
Nesses 10 anos, quais foram as maiores mudanças no Diante do Trono, especialmente no que se refere aocomportamento do público do seu ministério?
Pra. Ana Paula: Realmente muitas coisas vão mudando ao longo dos anos, com relação ao público eu me lembro que no começo as pessoas que vinham aos nossos eventos vinham com uma atitude que elas tinham diante de outros grupos já, mesmo cristãos. Ao longo desses 10 anos a nossa mensagem já foi transmitida claramente para as pessoas, então temos visto muita mudança ao longo dos anos no comportamento das pessoas nos nossos eventos: muitas coisas que no começo eu tinha que falar que eu não achava legal no público, hoje em dia a gente nem passa mais por esse tipo de situação. Por exemplo, em um evento de música, muitas vezes as pessoas vão com uma postura de entretenimento, porque a música é uma coisa muito gostosa, mas nós nunca tivemos esse desejo de fazer dos nossos eventos simplesmente um entretenimento, tudo bem que as pessoas vão cantar as músicas que elas gostam, aquelas músicas que marcaram a vida delas, mas nós não queremos que as pessoas fiquem confortáveis no nosso evento. Acreditamos que é um momento de mexer com a nossa vida e valores, momento de Deus nos confrontar com as nossas atitudes, com aquilo que está sendo a nossa motivação pra viver. No começo eu tinha que dizer "olha, vocês estão tendo uma atitude de quem está aqui só brincando, de quem está aqui se divertindo, e não é pra isso que estamos aqui, vamos voltar o nosso coração pro real propósito pelo qual estamos aqui", hoje em dia nós não precisamos nem falar sobre isso, porque ao longo desses 10 anos as pessoas já entenderam qual é a nossa história, pra que nós estamos aqui.
Outra mudança que eu posso perceber é em nós, nós vemos que ao longo dos anos Deus foi transformando a nossa mensagem: no começo nossas canções eram canções mais de cura da nossa própria alma, um clamor por Deus por causa das nossas dores, das nossas fragilidades; a medida que o tempo foi passando Deus foi nos respondendo e as nossas canções se tornaram muito mais proféticas pra nação, pra cidade, pro lugar aonde vamos, uma canção que fala muito mais de transformar ao nosso redor do que a transformação interior. Muitas pessoas nem puderam acompanhar isso porque a maioria das pessoas infelizmente não sai de um lugar aonde ela é o centro das atenções, aonde a necessidade dela é maior do que tudo. Eu poderia falar de muitas outras mudanças, mas graças a deus tenho visto todas as mudanças pelas quais temos passado como mudanças positivas.
Eu acredito também que estamos encerrando um ciclo com esses 10 anos, a gente não tem ainda certeza da direção específica de Deus do que devemos fazer ano que vem, mas esse ano eu acredito que fechamos um tempo no Diante do trono. Nós estamos prontos pra muitas novas mudanças.
Nesses 10 anos, qual foi o trabalho do Diante do Trono mais impactante pra você?
Pra. Ana Paula: É uma pergunta difícil de responder, mas eu vou falar desse último: além de ser o mais fresco na nossa memória, ele foi o mais difícil até hoje, mas o Senhor nos deu grandes vitórias. "Príncipe da Paz" foi gravado no Rio de Janeiro apesar de todas as coisas cooperarem contra, a ponto de uma semana antes da gravação a gente não ter ainda conseguido começar a montagem do palco, que é algo que leva as vezes de 15 a 20 dias. O Senhor nos abençoou porque conseguimos, com toda a dedicação da equipe de produção virando noites, e Deus realmente nos deu vitória porque houve momentos que nós achamos que a gravação nem aconteceria, e isso em nenhum outro evento a gente passou: passamos por lutas de todos os tipos que você possa imaginar, mas esse ano realmente foi muito maior. Por isso também eu reconheço que houve mais glória de Deus, mais presença de Deus, mais unção de Deus, mais poder de Deus, foram tantos testemunhos tão tremendos como ouvimos todos os anos, mas esse ano foi muito maior e mais forte, e em nós as mãos de Deus trabalharam como nós nunca havíamos visto antes, essa gravação pra mim entrou na história: se eu posso fizer "fechando com chave de ouro", fechou mesmo essas 10 anos, o ciclo foi fechado de uma maneira inesquecível.
Anualmente o Diante do Trono organiza congressos de louvor e adoração, como você encara o resultado desses congressos?
Pra. Ana Paula: Nós ansiamos pelos congressos, porque todos os anos nós somos muito abençoados, Deus realmente têm feito desse congresso um marco na nossa vida, vez após vez: é um momento de muita liberdade no Espírito, muito intenso, porque todas as pessoas que vão se deslocam, geralmente de outras cidades, pagam pra ir, por más que nós procuremos fazer um preço bem em conta, inclusive nós subsidiamos o congresso, porque ele não se paga: tudo que oferecemos ali nós não conseguimos pagar com as inscrições, é até um desafio pra nós, esse ano nós estamos até olhando se conseguiremos fazer as inscrições com o mesmo valor, pois estamos precisando de ajuda pra bancar o congresso, talvez até tenhamos que aumentar a inscrição, mas não queremos fazer algo que impeça pessoas de irem. Todo mundo chega lá com muita fome e sede de Deus, e o resultado é maravilhoso: o ano inteiro nós recebemos testemunhos sobre o congresso, são coisas que animam a gente a continuar produzindo esse congresso e recebendo de Deus.
Agora vamos reproduzir a carta do autor do vídeo, Carlos Junior e a resposta da líder do Ministério de Louvor Diante do Trono:
Ana,
Me chamo Carlos Júnior e moro em Goiânia. Escrevo essa mensagem para você a respeito do ocorrido em Anápolis, no dia 26 de maio desse ano. Naquele dia em que você, pela direção de Deus representou um Leão no palco. Fui eu quem gravou o vídeo e o colocou no YouTube. Depois de ler sua resposta à uma pergunta feita na Coletiva de Imprensa em Limeira dia 15 de novembro e pelos comentários feitos a respeito do vídeo desde o evento, resolvi escrever a você.
Sou grande admirador do Diante do Trono, pois foi o primeiro grupo evangélico que ouvi logo após minha conversão. Sempre te admirei e respeitei o seu trabalho, sempre tive o DT como referencial de louvor para mim, de música. E é por isso que escrevo hoje a você.
Quero pedir sinceras desculpas por ter colocado esse vídeo na internet. Eu mesmo não imaginei que causaria tanto escândalo como causou. Foi como você mesma falou em Limeira: "através do vídeo colocado no YouTube muitas pessoas foram escandalizadas por não conhecerem o contexto", as pessoas não sabiam do contexto, não sabiam daquele maravilhoso espontâneo "Como um leão, um cordeiro e um leão", não sabiam do clima de guerra que estava naquele lugar, não sabiam das forças que estavam ali. É por isso que quero me desculpar. Sei que causei escândalo, sei que através daquele vídeo o ministério foi difamado. Milhares te criticaram e escarneceram o DT. Me sinto triste por isso, pois eles não levaram em conta os mais de 10 anos nos quais você batalhou pelo DT, pelas obras e pelas conversões através das suas músicas, mas com um evento desse, pra muitos todo o seu passado foi apagado. É aquela história, "Você pode fazer 99%, mas se deixa de fazer 1%, todos te criticam."
Quero te dizer que estou mesmo arrependido de ter feito isso, sinto que traí a mim mesmo, colocando um vídeo que difamou o meu grupo favorito. Quando percebi isso já era tarde: Retirei o vídeo, mas alguém já havia feito o download e recolocaram no YouTube.
Não sei também porque fui levado a gravar a parte final, com aquele "Dê um brado de vitória!", com brados que ecoaram por Anápolis. De todas as ministrações do DT que já fui, aquele brado realmente foi o mais alto. Espero que Deus tenha um motivo para isso tudo, para essa ligação que ficou mais forte entre o DT e eu. E espero que eu não tenha causado dor e sofrimento, mas se causei, mais uma vez, peço desculpas. Sei que errei, mas também não posso mais voltar no tempo. Minhas sinceras desculpas e espero que um dia possa te encontrar e poder te pedir desculpas pessoalmente.
Quero te dizer que você é uma benção na vida de milhares de pessoas pelo mundo e na minha também. E que Deus continue abençoando o DT como toda sorte de bençãos que Ele puder. Fique na paz do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Com admiração,
Carlos Júnior
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Pedido de Perdão da Ana Paula
Queridos irmãos, escrevo estas palavras depois de algum tempo do ocorrido em uma ministração do Diante do Trono em Anápolis, Goiás, onde andei como um leão no palco. Logo após o evento as imagens deste ato foram colocadas na internet e tenho recebido inúmeras palavras de apoio e também de repúdio ao que as pessoas assistem no pequeno vídeo. Somente agora tive paz em meu coração para escrever explicando o que aconteceu, pois temia estar agindo errado ao tentar me defender. Apenas respondi às pessoas que me procuraram pessoalmente ou que escreveram e-mails para o nosso ministério. Mas hoje, depois de algum tempo, decidi trazer um texto a público.
Desejo começar pedindo perdão aos irmãos que se sentiram ofendidos com o que fiz, pois de maneira alguma meu desejo foi esse. Eu acredito e me esforço pela unidade do Corpo de Cristo e anseio por ser sempre uma voz que inspire a comunhão e a união entre os crentes no Senhor Jesus. Jamais faria algo propositadamente que pudesse causar divisão, escândalo, ferindo esta unidade em favor da qual tenho orado e trabalhado.
Dentro do ministério que recebi do Senhor, que é o louvor, acredito que podemos experimentar esta unidade de uma maneira como nenhum outro ministério pode, pois todos os cristãos, independente da sua denominação, podem estar unidos cantando louvores a Jesus e exaltando o Seu santo nome. Portanto, inicio pedindo perdão por ofensas causadas por este ato que fiz e que tenham trazido qualquer divisão em nosso meio.
Agora, se o leitor me permite, gostaria de tentar explicar o que aconteceu. Se serei aceita ou não, depende de quem lê, pois muitas vezes nossos pressupostos teológicos são tão diferentes que nenhuma explicação seria suficiente para que todos concordassem com minha atitude. Mas tentarei ser o mais clara possível em minhas posições.
Quando nos preparávamos para ir a Anápolis, considerada uma das cidades com maior população evangélica do país, passei a buscar do Senhor algo específico que deveria ser ministrado ali.
Procuro em cada evento ter a direção de Deus em meu coração para que não seja apenas um show, mas sim, algo relevante para as pessoas que estarão presentes, alcançando a Igreja e a cidade como um todo. São canções que entronizam Jesus, são orações que acreditamos que podem muito em seus efeitos, tanto na vida das pessoas presentes, como na vida de pessoas distantes, e até mesmo de toda a cidade, que está sendo coberta por nossas intercessões enquanto adoramos e oramos juntos.
Em Anápolis o que me veio ao coração era que a Igreja do Senhor Jesus precisava de encorajamento. Havia depressão, medo, intimidação, angústia e desejo até mesmo de morte no coração de muitos cristãos. Essa impressão foi confirmada por vários testemunhos que recebi antes e depois da ministração.
Realmente o índice de suicídio era altíssimo naquela cidade, e muitos crentes, com histórias terríveis dentro das igrejas evangélicas, passavam por esse tipo de aflição. Havia também a confirmação de que a igreja, muitas vezes misturada ao mundo, precisava ser despertada para ter mais ousadia para pregar o Evangelho, para sair das paredes dos templos e fazer diferença na sociedade. Sei que esta parece uma mensagem que pode ser pregada em qualquer cidade, mas a cada evento tenho buscado algo específico de Deus para Seu povo, e todas as vezes a ênfase é diferente. Ali em Anápolis esta foi a direção, ou seja, uma ministração de força e ânimo para o povo de Deus.
Enquanto eu falava sobre isso naquela noite, um cântico espontâneo veio ao meu coração que dizia: “Como um leão, um cordeiro e um leão”.
Falei sobre como devemos ser fortes no Senhor para resistir o inimigo, suas tentações, suas intimidações. Falei sobre como as portas do inferno não prevalecerão contra uma Igreja ousada, que evangeliza, que é sal desta Terra e luz deste mundo. Falei sobre uma postura de resistência e ousadia ao invés de uma passividade e comodismo em que muitos crentes vivem hoje. Disse que Jesus é o Leão da tribo de Judá, forte, vencedor, e Ele está em nós para nos fortalecer. Também falei que devemos ser como Jesus, o Cordeiro de Deus. Assim como Ele é, devemos ser mansos, humildes, com coração quebrantado diante da vontade do Pai, e mudo perante seus acusadores. Disse essas coisas e celebramos com muita alegria e intensidade esta realidade que vemos em Cristo e que podemos viver em nossas vidas. Estava bem claro diante de nós que o Espírito Santo era quem havia trazido esta mensagem, de maneira tão espontânea, e as pessoas respondiam celebrando conosco e recebendo esta ministração em seus corações.
Foi então que eu, crendo hoje assim como naquele momento, senti em meu coração a direção de me agachar e andar como um leão. Eu antes estava celebrando e pulando bem alto, e sentia uma leveza especial. Mas de repente minhas pernas faltaram com a força e me vi no chão sem conseguir me levantar. Agachar e engatinhar foi um reflexo rápido, e eu, que já estou acostumada a obedecer aos ímpetos que creio que o Espírito Santo me traz, obedeci àquela direção. Enquanto representava um leão ali no palco, eu pensei: “Minha reputação está indo embora. Deus, o que as pessoas vão pensar de mim?”. Mas eu ouvia no mais profundo do meu coração que eu O estava obedecendo e que não era para me preocupar com a opinião das pessoas.
Agi crendo que o Espírito Santo estava me movendo, e obedeci ao que ouvi dentro do meu coração. Assim faço quando preciso escolher um cântico que será entoado em um culto, seja anteriormente enquanto oro e faço a lista de músicas ou seja durante o evento, em momentos em que o plano é mudado e algo espontâneo nasce, ou uma música não planejada encaixa-se perfeitamente no que o Senhor está fazendo naquele instante. Não planejei andar como um leão, mas cri estar agindo, obedecendo a um ímpeto do Espírito Santo em meu coração.
Agi assim, com tanta liberdade, por estar em um evento do Diante do Trono. Apenas depois do evento é que tomei conhecimento de que estávamos em um lugar cedido pelos irmãos das denominações históricas, e isso trouxe preocupação ao meu coração, pois não queria ofendê-los. Jamais agiria assim dentro de um lugar onde claramente este tipo de atitude seria incompreendido. Em nossos eventos, as pessoas geralmente já nos conhecem e sabem que somos batistas renovados, com características pentecostais, e não se escandalizam com as manifestações dos dons do Espírito Santo através de nós. Sabia que andar como um leão era muito diferente e poderia ser polêmico, mas agi crendo que tinha liberdade para isso e também baseada no que vejo na própria Palavra de Deus.
Na Bíblia encontramos diversos exemplos de mensagens de Deus que foram entregues ao Seu povo através de encenações ou recursos visuais.
Ezequiel, por exemplo, abriu um buraco na parede e fugiu com uma “mochila” nas costas avisando do cativeiro babilônico (Ez 12); em outra ocasião, ele construiu uma “maquete” da Jerusalém sitiada (Ez 4); e também, em outro momento, Deus o proibiu de chorar a morte de sua esposa amada (Ez 24:15-18). Jeremias, um outro profeta, por ordem de Deus, colocou um jugo sobre si e passou a andar pela cidade dessa maneira (Jr 27); noutra ocasião, ele enterrou um cinto de linho junto ao rio e depois de algum tempo, pegou-o apodrecido (Jr 13:1-11). E o que dizer de Oséias, que, em obediência a Deus, se casou com uma prostituta e por diversas vezes a perdoava e a recebia de volta apensar de suas traições (Os 1 e 3)?
Estes e muitos outros atos dos profetas (ou atos proféticos) carregavam uma mensagem para o povo de Deus. Até mesmo o próprio Deus, em algumas ocasiões, usou de recursos áudio visuais para trazer a Sua mensagem, de modo a fixá-la mais firmemente na memória das pessoas. Isso aconteceu, por exemplo, na visão que Pedro teve de um lençol que descia do céu com toda sorte de animais, representando o propósito de Deus em alcançar os gentios com o Evangelho (At 10: 9- 16).
Sei que não sou nem Jeremias, nem Ezequiel, nem Oséias, nem Isaías, nem Pedro, e reconheço que apenas as Escrituras Sagradas devem ser vistas sem julgamento ou crítica, mas aceitas plenamente porque são a Palavra inspirada, inerrante e infalível de Deus. Minha atitude pode e deve ser julgada por todos. Mas desconhecendo o contexto em que aconteceram os fatos, é difícil uma pessoa, por mais justa que seja, chegar a uma conclusão correta. Acredito que andar como um leão naquele momento era uma mensagem que o Senhor estava passando para o Seu povo naquela cidade. Mensagem essa que falava de força, resistência, ousadia, encorajamento e poder do Espírito Santo em nós.
Muitos se esqueceram dos dez anos de ministério Diante do Trono, em que tenho servido ao meu Senhor e à Sua igreja com toda integridade do meu coração, e se apegaram a alguns minutos, desconectados do seu contexto e sentido, e passaram a me acusar de trazer heresia e bruxaria. Toda sorte de adjetivos ferinos foram usados contra a minha pessoa.
Há poucos dias li um artigo escrito por um pastor que participou da “Bênção de Toronto”. Ele disse que várias pessoas andavam como leão e agiam como outros animais. Ele afirmou que tudo o que viveu não veio do Espírito Santo de Deus, pois nos bastidores havia intrigas, problemas familiares, corrupção na vida dos líderes envolvidos. Mas eu posso testemunhar, e comigo se levantam todos os membros do grupo, minha família e minha igreja local, que vivemos em comunhão com Deus e uns com os outros. Temos um testemunho de seriedade em nossa busca por Deus e em nossos relacionamentos familiares e ministeriais. Acredito que toda uma vida não pode ser desprezada por alguns minutos fora do contexto, minutos esses que infelizmente encontraram portas abertas em muitos corações: alguns ansiosos para difamar e outros sinceros para guardar-se de qualquer engano.
Minha oração e pedido é para que toda divisão causada por este ato no Corpo de Cristo seja curada, e que a unção, ou seja, a capacitação divina para vivermos como Jesus, o Cordeiro e o Leão, realmente esteja sobre cada um de nós: ousados e fortes nEle; e mansos e humildes diante dos nossos ofensores.
Crendo que mesmo nas aparentes derrotas nesta vida há um brado de vitória ecoando nos céus; acreditando no Reino que é de ponta cabeça, pois: quando somos fracos é que somos fortes; quando parece que perdemos tudo, aí é que ganhamos; quando damos a outra face, aí é que triunfamos; quando nada temos é que possuímos tudo; e mesmo entristecidos estamos sempre alegres. Ou, como escreveu Rubem Amorese no seu livro “Meta-história”, que muito me consolou nos últimos dias, somos ovelhas-leão.
Muito obrigada a você que lê pela oportunidade que me dá de esclarecimento, e mais uma vez, perdão se ofendi ou feri seu coração.
No Senhor,
Ana Paula Valadão Bessa.
NOTA DO GRP: O Geração Renascer Praise se solidariza com os irmãos do DT e mostra o seu repúdio às críticas de pessoas que não entendem nada da palavra de Deus e nos agridem gratuitamente, vide o caso Renascer.
O que nos resta fazer, é orar e vigiar. E continuar louvando ao Senhor ouvindo as músicas do DT e outros grupos também.
1 comentários:
bom dia
meu nome é valmira botelho sou ministra de louvar, e o tenho pra disser é que a ana paula sempre foi e sempre será uma grande ministra pois sempre esta de debaoxo da direção de deus.
comtinue sempre na direção de deus ana paula pois é pra isso que deus te levantou...
deixem as criticas pra lá siga me frente com o seu ministério
a paz do senhor
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