Uma doação de cem mil kwanzas em alimentos, que equivale a cerca de mil dólares, marcou o inicio da parceria entre a Igreja Apostólica Renascer em Cristo e o Centro de Acolhimento Arnaldo Janssen, em Luanda. Fundado pela Igreja Católica, o local abriga 135 meninos em situação de risco entre os quais 25 crianças banidas dos seus lares sob acusação de feitiçaria.
A ação com as crianças aconteceu no final de novembro. Além da doação, o Bispo Betão, líder da Igreja Renascer Angola, acompanhado da pastora Heloísa Helena, orou pelas crianças e ensinou músicas evangélicas. “Quem tem o olhar voltado para o futuro,não pode jamais deixar de olhar para as crianças. A igreja cumpre o seu papel alcançando com cura a geração que foi marcada pelo estigma da discriminação e pela dor de uma separação. Poder falar com as crianças e alcançá-las com a voz do Pai, é uma realização que não será facilmente esquecida”, afirmou o bispo.
O responsável pela Assistência Social do Centro, Antonio Geraldo, explicou que o trabalho da Renascer vai ser importante para reinserção das crianças que são acusadas de prática de feitiçaria. “A Renascer tem uma metodologia própria para atendimento as famílias. Não se pode tratar a criança sem mexer na consciência das famílias. Apesar de sermos da Igreja Católica, não fechamos as portas para nenhuma outra desde que venham com fé e respeitem os direitos humanos.” Segundo ele, muitas seitas tentam tratar os casos de forma equivocada, deixando as crianças isoladas e em jejum por até um mês ou utilizando castigos físicos “como colocá-las ajoelhadas em cacos de vidro”.
A visita à casa de passagem contou com a presença dos líderes das igrejas espirituais angolanas, da Igreja Católica e de organizações não-governamentais. Representante da Comissão Episcopal de Apoio as Crianças Vulneráveis, o Reverendo Juanito Augusto, falou sobre a integração da Renascer ao Comitê de Luta Intersectorial Contra a Feitiçaria. “A Igreja Renascer vem reforçar as linhas de atuação e proteção das crianças vulneráveis no sentido de encontrar uma via pacifica de harmonização com a família e com a comunidade. A temática das crianças vítimas de feitiçaria deve ser vista de uma forma mais séria com apoio de todas as forças vivas da nação e, principalmente, das lideranças religiosas”.
Cíntia Oliveira – Renascer Angola
Comunicação Renascer
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